quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

O Conto dos Contos (Crítica)


Olá pessoal! Hoje eu vou falar sobre um filme não muito conhecido, O Conto dos Contos (Il Racconto dei Racconti). Esse filme me surpreendeu incrivelmente, não só pelo roteiro bastante diferente do que estamos acostumados, mas também pela quantidade de personalidades, estéticas e culturas lá encontradas.

Bom, o longa metragem é construído a partir de três histórias, três contos, e cada conto ocorre em seu respectivo reino. Mesmo sem dizer no filme, ou em nenhum outro lugar, eu creio que estes reinos sejam França, Inglaterra e Itália. Porque? No filme, um dos reinos é governado pelo ator Vincent Cassel, ele é um ator francês e o par romântico é interpretado Stacy Martin, uma atriz francesa. Outro reino é governado pelo ator Toby Jones e sua filha é interpretada por Bebe Cave, ambos nascidos na Inglaterra. Por fim, o reino que eu creio que seja italiano. Os reis não são italianos, mas o diretor do filme é italiano, a nacionalidade do filme é italiana e os atores desse reino têm traços muito latinos. Em cada reino desse, se desenvolve uma história independente, e essas histórias são intercaladas como se fossem episódios de séries diferentes, sempre deixando um leve mistério sobre o que aconteceu.
Teorias e histórias a parte, o roteiro foi muito bem construído, apesar de começar devagar e um pouco confuso, aos poucos ele nos prende, e quando percebemos, já estamos interagindo com o filme e torcendo para os personagens. Outra coisa interessante é o uso de armas de fogo. Geralmente não se vê historias fantasticas sobre reis e rainhas com armas de fogo!


O elenco (já descrito) é incrível! Com dois dos meus atores favoritos, Vincent Cassel (conhecido por atuar no Cisne Negro e na Bela e a Fera de 2014) e John C. Reilly (o nosso eterno Mr Cellophane de Chicago). A trilha sonora é boa, não se sobressai e não foi exagerada mente usada.

O meu crédito especial vai para o cenário e o figurino, simplesmente, maravilhosos, as montanhas, os palácios, as florestas, os detalhes de cada roupa, os tecidos, as pedras, tudo muito lindo. Essa, inclusive, uma das coisas que prenderam a minha atenção.
Enfim, se interessaram? 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Poesia...

Olá pessoal! Hoje eu vou mostrar pra vocês um poema que eu gosto muito. Eu não sei se a autora escreveu, ou ela pegou em algum lugar, mas eu conheci este poema em um livro, um dos livros mais importantes pra mim, Vantagens de Ser Invisível. Este livro fala sobre um adolescente esquizofrênico que faz amigos e aprende uma nova forma de viver. Farei mais comentários e críticas sobre este livro em outra postagem, esta postagem é dedicada ao poema lá contido. Um lindo poema que demonstra o crescimento de um garoto. Junto com o seu crescimento, ele desenvolve uma depressão e , aos poucos, as coisas vão perdendo a graça, ele para de fazer o que faz porque quer, e faz porque é obrigado. Enfim, vou deixá-los tirarem suas próprias conclusões...





Em uma folha de papel amarelo com linhas verdes
ele escreveu um poema
E o intitulou "Chops"
porque era o nome de seu cão
E era o que estava em toda parte
E seu professor lhe deu um A
e uma estrela dourada
E sua mãe o abraçou à porta da cozinha
e leu o poema para as tias
Era o ano em que o padre Tracy
levava todas as crianças ao zoológico
E ele deixou que cantassem no ônibus
E sua irmãzinha tinha nascido
com unhas minúsculas e nenhum cabelo
E sua mãe e seu pai se beijavam tanto
E a garota da esquina mandou para ele
um cartão de Dia dos Namorados assinado com vários X
e ele teve de perguntar ao pai o que significava X
E seu pai deixou que ele dormisse na sua cama à noite
E era sempre lá que ele dormia

Em uma folha de papel com linhas azuis
ele escreveu um poema
E o intitulou "Outono"
porque era o nome da estação
E era o que estava em toda parte
E seu professor lhe deu um A
e o pediu para escrever com mais clareza
E sua mãe não o abraçou à porta da cozinha
por causa da pintura nova
E as crianças disseram a ele
que o padre Tracy fumava cigarros
E largava as guimbas no banco da igreja
E às vezes elas faziam buracos
Que era o ano de sua irmã usar óculos
com lentes grossas e armação preta
E a garota da esquina riu
quando ele pediu para ver Papai Noel
E os garotos perguntaram por que
a mãe e o pai se beijavam tanto
E seu pai não o cobria mais na cama à noite
E seu pai ficou furioso
quando ele chorou por isso.

Em um pedaço de papel de seu caderno
ele escreveu um poema
E o intitulou "Inocência: Uma Questão"
porque a questão era sobre uma garota
E isso estava em toda parte
E seu professor lhe deu um A
e um olhar muito estranho
E sua mãe não o abraçou à porta da cozinha
porque ele nunca o mostrou a ela
Foi o primeiro ano depois da morte do padre Tracy
E ele esqueceu como terminava
o Creio em Deus Pai
E ele pegou a irmã
se agarrando na varanda dos fundos
E sua mãe e seu pai nunca se beijavam
nem mesmo conversavam
E a garota da esquina
usava maquiagem demais
O que fez ele tossir quando a beijou
mas ele a beijou mesmo assim
porque era a coisa certa a fazer
E às três da manhã ele se aninhou na cama
seu pai roncava alto

É por isso que no verso de uma folha de papel pardo
ele tentou outro poema
E o intitulou "Absolutamente Nada"
Porque era o que estava em toda parte
E ele se deu um A
e um corte em cada maldito pulso
E se encostou na porta do banheiro
porque nessa hora ele não pensou
que poderia alcançar a cozinha.

sábado, 28 de janeiro de 2017

Adeus John Hurt

Olá pessoal, Hoje a postagem é muito triste. o grande ator do cinema e da TV Britânica, John Hurt faleceu. E com ele, se foram inúmeros personagens icônicos.

Harry Potter, Doctor Who e As Aventuras de Merlin são só alguns exemplos de obras que nunca mais serão as mesmas. John Hurt partiu e deixou o luto e a saudade de sua esposa e de milhões de fãs espalhados pelo mundo. 

Garrick Olivaras, o personagem que conhecia todas as varinhas do Mundo Mágico de Harry Potter foi um de seus papéis mais conhecidos pelo público mais jovem. Ele não participou de todos os filmes da saga, mas sua presença foi marcante, afinal, ele vendeu a varinha de Harry!


O Dragão da série As aventuras de Merlin também foi um de seus papéis  conhecidos. Na série, ele ajuda Merlin dando-lhe conselhos e ajudando a escapar de situações difíceis. 

Por fim, deixei o melhor papel interpretado por ele, na minha opinião. O Doutor da Guerra da série Doctor Who. Ele interpretou o doutor que estava presente na guerra do tempo, entre Lordes do Tempo de Daleks. Este doctor apareceu no especial de 50 anos da série lançado em 2013 na maioria dos cinemas do mundo, inclusive, os do Brasil.

Enfim, não há como negar que a presença dele no mundo cinematográfico será eterna, através de seus personagens e das inúmeras pessoas que ele encantou e ainda encantará com as suas feições franzinas, sobrancelhas grossas e o sorrisos simples. 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

O Jogo da Imitação (Critica)

Olá pessoal! Hoje eu vou falar de um filme que eu achei incrível, O Jogo da Imitação (The Imitation Game). Este filme fala sobre a vida de Alan Turing e como ele criou a maquina que ajudou a Inglaterra e os Aliados a vencer a Segunda Guerra Mundial, A Bomba Eletromecânica. Ela foi uma maquina criada para decifrar os códigos alemães fazendo, assim, os aliados terem uma vantagem muito maior.

A cronologia do filme é bem bagunçada, ele começa do final, vai pro meio... e por ai vai, mas eu lhes garanto, dá pra acompanhar. Ao decorrer você mudará linha de raciocínio algumas vezes, e quando não acreditar mais que esse filme é baseado em uma história verídica, o filme acabará e mostrará o que aconteceu com Alan Turing, como em todos os filmes "Baseados em fatos reais" acontece.
A trilha sonora é simples, mas nos remete à epoca em que o filme ocorre, assim como, o cenário  e o figurino. Não foi exagerado e, por isso, acabam gerando uma harmonia perfeita com o roteiro do filme.
Por fim, os atores, ah, os atores têm o meu carinho especial! A interpretação de Benedict Cumberbatch é maravilhosa, as gaguejadas, os tremeliques das mãos, o olhar desolado e o modo curvado como ele se posta, mostram a entrega feita ao personagem pelo ator que foi indicado ao Oscar e ao BAFTA . Do mesmo modo, Keira Knightley se destaca no papel de Joan Clarke, como uma mulher lutando pelo seu espaço no meio dos homens.

Esse é um filme que vale a pena ser visto, pois conta uma história real e muito pouco conhecida sobre um homem que fez a diferença e influenciou a vida de milhões de pessoas.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Donnie Darko - Crítica

Olá pessoal! Hoje o tema é um filme que intriga muita gente, eu mesma não saberia comentá-lo, e por isso, decidi que seria melhor que um fã da obra o fizesse, e então, ai está a crítica do filme Donnie Darko por Renan S. Ferreira:

Eu poderia vir aqui e fazer uma sinopse sobre esse filme ou uma analise explicando a teoria por trás dele, porém isso não seria o suficiente para fazer com que você leitor se interesse sobre o filme. Resolvi então falar minhas impressões e porque gosto tanto desse longa. Tem tantas coisas para se dizer sobre ele, como sua ambientação quase que perfeita dos anos 80, seus ótimos atores que foram excelentes em seus papeis e trilha sonora que se encaixa de maneira divina em suas devidas cenas (em especial na cena que toca mad world, uma das melhores partes do filme). A primeira vez que o assisti, fiquei vidrado na tela, não querendo nem ao menos piscar. Observei atentamente cada detalhe para entender a trama do inicio ao fim. O filme havia me encantado e eu levianamente achei que o tinha entendido.( Ora...ora, então você entendeu Donnie Darko de primeira?) não, eu não havia entendido. Só fui perceber esse meu erro quando li sobre a “filosofia da viagem no tempo”, livro recorrente e peça chave do filme livro que serve de guia para o protagonista. Nele estão as explicações que ele próprio buscava ou parte delas, mas afinal você não vai ter tais explicações de mão beijada, então a forma em que você e o Donnie se “despedem” do filme é de certa forma semelhante, afinal vocês iram partir sem entender muito bem o que esta acontecendo ou aconteceu. Ambos possuem uma única certeza que é “aconteceu algo”. Você pode refutar sobre o filme e seus acontecimentos diversas vezes, coisa que eu me pego fazendo sem perceber até hoje, porém você não vai entender sobre o que aconteceu naquele universo sem ao menos rever o filme e ler o tal livro escrito por Roberta Sparrow. Você não vai entender sobre o artefato ou o receptáculo vivo, ou sobre os manipulados, nem mesmo sobre o universo tangente e é isso que o filme é, uma espécie de cubo magico que você vai ter que mexer e remexer em suas peças(no caso sobre os conhecimentos adquiridos sobre a obra), para entender sobre aquele universo e só então montar o cubo compreender de fato porque a Roberta Sparrow rezava para que seu livro fosse apenas uma obra de ficção.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Um pouco de dança... #Slip

Ola pessoal! Estamos de volta com o tema DANÇAS! A dança de hoje é linda demais! Phillip Chbeeb e Renee Kester protagonizam uma coreografia que fala sobre o apego.
Essa é a história de um garoto que gostava muito de uma garota. Ela gostava, mas não tanto... E acabava indo embora e o deixando desolado. Ele tentava segurá-la o máximo possível, mas ela sempre escapava, até que ele resolveu seguir em frente.
No critério técnico, esta dança é perfeita. Os dançarinos têm uma química incrível, estão super sincronizados e suas expressões transmitem todos os sentimentos necessários para ter-se uma obra completa.
Os passos tem alto grau de dificuldade mas são executados com perfeição, e de tal forma que sequer parecem difíceis.
As roupas são simples, e o cenário é um metrô, fatos que constroem uma ideia de que esta história é do cotidiano, inclusive, o meu crédito especial vai pro cenário, que combina perfeitamente com o tema, complementando a ideia de deixar as coisas ir, afinal, que simbolo maior de desapego que um metrô, que nunca fica muito tempo na mesma estação e jamais espera alguém.
Em fim... Aqui está:


terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Shall We Dance (1937)

Olá pessoal! Hoje vou falar de um filme bastante antigo... Um filme com Fred Astaire, Ginger Rogers, e muitos outros... 
Com danças lindas e musicas muito legais, o roteiro conta a história de Petrov, um bailarino que se apaixona por Linda Keene. Ele parte para um cruzeiro para ficar perto dela, mas ela não dá bola pra ele. Então, visando maior publicidade, o publicitário dele espalha que eles são casados, e assim continua a história...
Meu crédito especial vai pra trilha. Este filme tem uma das minhas musicas favoritas, "Let's Call the Whole Thing Off. Que fala sobre um casal em crise. 
 Recomendo a todos! O nome oficial é Shall We Dance, mas no Brasil é Vamos dançar, mas tenham cuidado, este é o filme de 1937 e não o de 2004